Abordagem Biológica
A diferença está na raça???
Em função dos resultados de algumas modalidades desportivas há quem defenda que a musculatura dos negros seja dotada de uma percentagem maior de fibras tipo II. Desportos onde a força física e a velocidade se fazem representar como o boxe e o atletismo são exemplos disso. Os negros dominam a grande maioria das modalidades rápidas, tais como as corridas dos 100, 200, 400 metros, os saltos e algumas provas de fundo como a meia maratona e a maratona com seus 42,195 metros.
A maior discussão na teoria acerca das diferenças raciais no desporto é a questão genética.Especula-se que a bagagem hereditária é responsável por aproximadamente 80% do rendimento de um atleta. Os outros 20% são derivados de processos de treino, nutrição , entre outros aspectos.
Neste sentido, os atletas negros possuem uma vantagem em relação à etnia branca.mas não a nível muscular (cabedal), mas sim a nível das seguintes provas, segundo os grandes pesquisadores da ciência no desporto, existem diferenças na musculatura esquelética dos negros que comprovariam esse considerável potencial em relação às corridas.
Tentando explicar rapidamente e de forma clara, as nossas fibras musculares são divididas em tipo I e II. As fibras do tipo I são as fibras vermelhas (fibras de resistência), ou seja, mais propícias para esforços de longa duração e baixa intensidade, como as provas de fundo e maratonas. Em contra partida, as fibras do tipo II (Brancas, fibras de força) são adequadas para esforços de curta duração e alta intensidade, ideais para provas de 100m e 200m, ideais também para levantamento de peso. Seria por meio da propensão para um dos tipos de fibra, que se determinaria o tipo de prova na qual o atleta obteria seus melhores resultados, o. percentual de fibras do tipo I é o predominante. Essas diferenças podem ser atribuídas não somente a factores genéticos.
Geneticamente falando, se pegarmos dois indivíduos e os submetermos ao mesmo programa de treino aquele possuidor de uma genética mais favorável poderá mostrar um potencial muito maior que poderia chegar a ser até 10 vezes superior em relação ao atleta que não possui bagagem genética.Mas prevalece a regra: cada corpo é um corpo, ou seja existem sempre excepções.
A nível de hipertrofia muscular já se comprovou cientificamente que não existe grandes diferenças do branco para o negro, tal como explico acima tudo depende da genética com que se nasce e do respectivo grupo morfológico (ectomorfo, endomorfo, mesomorfo) e se realmente temos mais fibras brancas ou vermelhas abaixo deixo um exemplo do Mister olympia de 2010 onde vemos atletas profíssionais do mais alto nível e no top 10 vemos cinco(5) brancos e cinco(5) negros...lá está, tudo é um mito.
Top 10 olympia 2010
1º - Jay Cutler - Branco
2º - Phil Heath - Negro
3º - Branch Warren - Branco
4º - Dexter Jackson - Negro
5º - Dennis Wolf - Branco
6º - Ronny Rockel - Branco
7º - Kai Greene - Negro
8º - Victor Martinez - Negro
9º - Toney Freeman - Negro
10º - Hidetada Yamagishi - Branco (Oriental)
5 brancos e 5 negros.